De 24 a 27 de julho, em Cunha/SP - No Espaço Annapurna – Um retiro em direção à simplicidade, à natureza e à espiritualidade viva.

Caminhamos por estradas de terra, entre montanhas, brisas,
orvalho e histórias.

Não é apenas uma trilha – é um reencontro com o que foi esquecido:
a ternura, o acolhimento,
a fluidez, a entrega.

É a Mãe que nos guia.
É a Mãe que nos cura.

A Peregrinação à Mãe Divina é um retiro espiritual realizado em Cunha (SP), no espaço Annapurna. Inspirada na devoção às santas locais Samarinha das Três Pontes e Nossa Senhora Aparecida, esta jornada une espiritualidade, reconexão e simplicidade.

Durante o retiro, que acontece de 24 a 27 de julho, faremos uma caminhada especial em apenas um dos dias, com cerca de 20 km, das 5h30 às 12h30, passando por estradas de terra, vilarejos rurais e parando em casas acolhedoras, como a do Seu Benedito, onde tomaremos um café no fogão a lenha.

Quem tiver dificuldades ou não quiser caminhar poderá participar do grupo de apoio, ou caminhar apenas o trecho que desejar, utilizando os carros de suporte disponíveis para completar o percurso com conforto.

Nos demais dias, estaremos todos reunidos no espaço Annapurna, vivenciando momentos de reflexão, conexão e espiritualidade em um ambiente acolhedor e inspirador.

Maria Guedes, conhecida como Sá Mariinha das Três Pontes, nasceu em 18 de Junho de 1882 e viveu no bairro das Três Pontes, em Cunha (SP). Ainda adolescente, foi acometida por uma enfermidade grave que a deixou em estado de aparente morte por três dias. Um curador local, Dito Juquita, afirmou que ela não estava morta — e de fato, à meia-noite do terceiro dia, Mariinha respirou novamente, marcando o início de uma trajetória considerada milagrosa.

Após esse episódio, passou a ter visões e a derramar lágrimas de sangue. Conduzida diariamente pela mãe até uma fonte de água no sítio, lavava os olhos em busca de cura. Durante esse processo, sentiu um peso em sua mão e, dias depois, um pequeno quadro com a imagem de Nossa Senhora Aparecida emergiu de suas costas, fenômeno considerado sagrado por sua família. A partir disso, ela reconheceu a santa como sua guia espiritual.

Sá Mariinha se tornou curandeira e vidente, conhecida por receitar remédios homeopáticos e realizar benzeções discretas e silenciosas. Ganhou a confiança da comunidade e até do farmacêutico local, Salvador Pacetti, que recomendava seus tratamentos. Ela apenas tratava as chamadas “doenças de Deus”, recusando-se a lidar com “coisas feitas” (feitiços).

Construiu uma capela em homenagem à santa, hoje chamada Capela de Nossa Senhora das Três Pontes, que se tornou centro de devoção. Mesmo após sua morte em 1959, Sá Mariinha permanece como figura de fé e memória coletiva, vista por muitos como santa popular. Seu legado é sustentado pela espiritualidade do povo, pela força simbólica da fonte, da imagem sagrada e do espaço que habitou.

Datas: 24 a 27 de julho de 2025
Local: Espaço Annapurna – SP

Hospedagem: Espaço Annapurna
Alimentação: Vegetariana, completa

Dificuldade da caminhada:

Leve a moderada

Vagas limitadas.

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